As delícias {e as lutas} de ser uma cristã solteira neste mundo

30 janeiro 2013




Essa é uma história sobre uma mulher e um homem muito pobres que se casaram. 
Ganharam da família dele uma rocha no alto da montanha. 
Ganharam da família dela uma semente de pêssego. 
Isso era no Japão, importante dizer. Época de samurais. 
Eles eram tão apaixonados um pelo outro, que não conseguiam ficar sem se ver. 
Mas alguém precisa trabalhar nessa casa. 
Então, ele fez um desenho dela tão bonito quanto ela mesma e prendeu esse desenho num graveto, enquanto ele cuidava do pessegueiro e ela cuidava da vida. 
Sim, eles plantaram a semente de pêssego no alto da rocha. 
Onde o vento uivava. 
E uivou tão forte que levou o retrato da moça embora, levou para dentro do palácio murado do samurai. 
Muito enfastiado com a falta de guerras e conquistas, depois que estava bem estabelecido na vida, o samurai adorou o retrato da moça.
Adorou, não. Amou.
Quis a moça de carne e osso só para si. E mandou buscar. 
Ela então foi obrigada a viver com o samurai. 
Com todos os confortos, mas sem um sorriso sequer. Não que ela não gostasse de ser bem-tratada, mas porque ela sentia a falta do homem que ela amava.
Um belo dia, samurai e nova esposa triste estavam dentro dos muros quando escutaram a voz de um vendedor de rua. 
Ele vendia pêssegos. 
Então ela sorriu pela primeira vez depois de anos. 
O samurai percebeu isso e quis que sua esposa sorrisse mais vezes. 
Saiu para a rua e fez com que o vendedor de pêssegos trocasse de roupa com ele. 
E saiu vestido com os trapos do vendedor de pêssegos enquanto o vendedor mesmo vestia as roupas de luxo do samurai. 
Vestido assim, o homem pôde entrar no palácio e reencontrar sua amada. 
Lá fora, os guardas tentavam afastar aquele louco vestido de mendigo que insistia em dizer que era o verdadeiro samurai.

Uma bela história japonesa.

Moral da história : você come um pêssego muito gostoso e suculento. Aí, se você plantar a semente, mesmo que seja uma semente com pontas de espinhos, mesmo que seja num rochedo cheio de vento, vai nascer um pessegueiro. Cuide do pessegueiro. Ele um dia vai te dar muitos outros frutos gostosos e suculentos.



Texto extraído do site Hoje Vou Assim, autoria de Henrique Lizandro
Imagem: flickr Pry Oliveira



"Assim será a minha palavra, que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei." Isaías 55:11 


by Núbia Onara 14:23 1 comment

Um comentário:

Pesquise no blog