9ª Razão: para convertê-lo
Já ouvi muitas bobeiras quando o assunto é
namoro de um cristão com um não cristão.
Já li até quem defenda que é possível sim, usando
aquela passagem bíblica que diz que a mulher santifica o marido incrédulo (1 Co
7.14). Sim, usaram esse argumento que nós sabemos muito bem que Paulo aqui
estava falando da mulher que se converteu depois de casada e o marido não
(vice-versa).
“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?” 2 Co 6.14
Eu gosto de usar essa versão
RC porque ela traz uma palavrinha que fortalece a ideia geral do versículo: prendais.
Essa passagem pode (e deve) ser aplicada para todas as áreas da nossa vida, mas para a vida amorosa acredito que ela tenha um peso ainda maior.
Casar com uma pessoa é um
compromisso. Você se prende voluntariamente ao outro. Ao contrario do que muito
é lançado aos quatro ventos da facilidade de se dissolver um casamento, eu e
você que somos inteligentes sabemos que não é bem assim que a banda toca.
Muitas solteiras cristãs estão
se iludindo com essa falácia. E quando eu digo muitas eu estou sendo bem inocente, porque os números são
assustadores. E não fique iludida achando que somos só nós mulheres
trintonas, quarentonas e cinquentonas e por ai vai, que cai na desesperança de
ir buscar lá fora o que não encontra dentro da igreja. Tem muita jovem nesse
desespero também. Aliás, fazendo uma contagem assim por alto, eu já ouvi mais
casos de meninas entre os 20 e 25 anos fazendo isso do que as de 30 pra cima.
Isso me leva a pensar que
não é só pelo fato de não encontrar na igreja rapazes compatíveis (já que nessa
faixa etária é mais fácil achar, diga se não é), mas também em querer fazer as
coisas do próprio jeito.
“Mas ele tem tudo de bom só
falta se converter” muitas alegam. Só falta isso? Então falta tudo minha filha!
Olha que interessante e profunda
essa reflexão do Leandro Marcio Teixeira:
“Em primeiro lugar, a Bíblia ensina que todo homem é indesculpável diante de Deus. Não é o bom comportamento, os bons modos sociais, as obras, a amabilidade ou qualquer outro aspecto externo de moralidade que torna alguém justo aos olhos do Pai. Todas as nossas justiças, ou seja, nossas tentativas de nos considerar retos diante do Senhor, são inúteis. A alvura mais limpa que podemos obter é como o carvão (Is 64:6). O homem tem natureza pecaminosa, e desde a tenra idade ela se manifesta através dos pecados que pratica. (...)Não é o caso, então, de faltar ao Fulano apenas o converter-se. Falta-lhe tudo o que realmente interessa: a mudança do coração, por operação regeneradora e milagrosa do Deus salvador.”
Você não
irá convertê-lo. Essa é uma decisão dele, somente dele. Não se arrisque num
relacionamento com alguém que está caminhando em outra direção. Se sua fé
em Cristo é o que direciona tudo em sua vida como você vai conseguir viver maritalmente
com alguém que não segue esse princípio primordial pra você? Se ambos na mesma
fé já enfrentam desafios por se tratar de indivíduos diferentes, quanto mais. São
direções opostas entenda isso. Por mais que aparentemente não pareça tão nocivo
assim.
Se você
olha e não vê ninguém “interessante” ou se de repente até tem, mas quem você
gostaria mesmo está lá fora e se arrisca nesse relacionamento alegando que com
o tempo VOCÊ irá ganha-lo pra Jesus é assim que você demostra confiança em
Deus? Você não crê que ainda que não esteja diante dos seus olhos, essa pessoa
existe dentro dos moldes Dele pra você ou que Deus pode te conduzir a uma
pessoa que supera o que essa tem te atraído tanto?
Talvez nem
perceba, mas com essa atitude você está dizendo assim: “Ah Deus, é melhor eu
resolver isso. Não tá vendo que de outro jeito não pode ser?” Ou seja, o
Senhor não pode.
Pra te lembrar: Para Deus nada é
impossível. (Lucas 1.37)
Não se prenda a um relacionamento de crenças
desiguais. Você está colocando em risco o que tem de mais valioso, se é que
você considera tão valioso assim.
Com amor e
fé em Cristo,
Núbia
Onara